DR. PAULO ROBERTO SILVEIRA

VIVO DE AJUDAR AS PESSOAS  A AMENIZAREM  OS SOFRIMENTOS  DO CORPO E DA ALMA.

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A CRIANÇA EXCEPCIONAL

A CRIANÇA EXCEPCIONAL

                 Dr Paulo Roberto Silveira

              Medico Neurologista e Psiquiatra da APAE de LAMBARI -MG

DIAGNÓSTICO


Uma criança poderá apresentar um transtorno neuropsiquiátrico quando o seu comportamento ou emoções interferem com as oportunidades educacionais ou sociais ou quando causam a criança ou aqueles que dela cuidam ou com os quais convive sofrimento prolongado ou repetido.
A maioria das crianças com pertubações neuropsiquiátricas  apresentam os seguintes procedimentos comportamentais:

1 – crianças cujo comportamento não se insere conforme as normas sociais e são problemáticas para outros que que denominamos comportamentos destrutivos  ou apresentam transtornos de conduta (TDAH)

2 – crianças que apresentam depressão repetida, ansiedade, angústia, alteração do comportamento ou outros estados de sofrimento pessoal a que denominamos transtornos emocionais e do comportamento

3 – crianças cujo desenvolvimento cognitivo ou neuro motor não está avançando normalmente que denominamos transtornos do desenvolvimento neuropsicológico
Ex: retardamento mental

4 – crianças que apresentam padrões sintomáticos específicos como transtorno autista, transtorno alimentares (obesidade, bulimia, anorexia), transtorno deTourette (tiques), transtorno obsessivo compulsivo e etc.

5 – Conclusão: observar ao exame:
     - atraso no desenvolvimento - ansiedade e conflito neurótico
     - disfunção cerebral orgânica - alterações do temperamento
     - transtorno do pensamento - alterações da personalidade/caráter
     - transtorno do humor - transtorno psicofisiológico/somáticos
     - transtorno neurológico - retardo mental











EXAME NEUROPSIQUIÁTRICO

1 – Aparência física – vestes, higiene, tamanho, estatura, aspecto do crânio, estado nutricional ....., etc

2 – Separação – demasiada facilidade em separar-se pode indicar relacionamento superficiais associados com freqüentes separações ou privação materna .
Dificuldades na separação podem indicar um relacionamento conflitante entre pais e filhos.

3 – Forma de relacionamento – a maioria das crianças relacionam-se cautelosamente com o entrevistador, de início indiferença e relacionamento superficial podem indicar privação, mal trato ou abuso infantil. As crianças autistas parecem olhar através das pessoas ou podem evitar completamente o contato visual.

4 – Orientação temporo espacial – pessoa comprometimentos na noção de lugar e  pessoa indicam fatores cerebrais orgânicos, baixa inteligência, ansiedade, depressão ou um transtorno do pensamento.

5 – Funções do sistema nervoso central  periférico determinados pelo exame neurológico.  Sinais neurológicos leves (não focais) em áreas restritas como a fala, coordenação motora fina ou ampla, discriminação esquerda/direita, níveis de consciência, equilíbrio estático, fasciculações musculares, tonicidade muscular, força muscular, reflexos osteotendinosos.
Exame dos pares craneanos.

6 – Leitura e escrita – algumas crianças podem esforça-se para ler ou escrever, mas podem soletrar com dificuldade ao mesmo tempo, muitas crianças do primeiro grau (crianças normais) podem inverterem as letras. Deve-se procurar sinais de atraso geral na leitura, incluindo um nível de leitura amplamente retardado (2 a 2,5 anos abaixo dos níveis previsto) específico de leitura. As crianças que apresentam pertubações de leitura e escrita devem ser avaliadas por profissionais da área (fonoaudiologicos) com testes padronizados.

7 – Discursos e linguagens: crianças que não usam palavras aos 1 meses ou frases aos 2,5 a 3 anos, mas que têm uma história de balbucios normais, entendem os comando e conseguem usar e responder a sugestões não verbais, estão provavelmente se desenvolvendo normalmente. Entretanto, atrasos além desta data ou distúrbios nestas ou em outras formas de comunicação devem ser avaliados mais profunda e intensamente.

8 – Inteligência – Uma idéia aproximada da inteligência da criança pode ser averiguada a partir do seu vocabulário geral, responsabilidade, nível de compreensão e curiosidade, habilidade para desenhos e riqueza das fantasias, podendo ser confirmado por testes de inteligência.

9 – Memória – Entre 6 a 8 anos, as crianças normais, conseguem contar até cinco dígitos para frente e até dois ou três em ordem decrescente. Aos 10 anos, conseguem contar seis dígitos para frente e quatro dígitos em ordem inversa. Dificuldades menores podem simplesmente refletir ansiedade, mas um desempenho muito deficiente no teste de dígitos pode indicar lesão cerebral ou retardo mental. A criança também deve ser capaz de repetir três itens cinco minutos após terem sido apresentados.

10 – Qualidade do pensamento e da percepção – três fatores deve ser avaliados: comclusão do pensamento atual, velocidade do pensamento e facilidade do fluxo. Uma variação em quaisquer destas funções pode ser tal grau e duração a ponto de constituir uma pertubação do pensamento em crianças de 5 a 8 anos, desvios nesta áreas são difícieis de avaliar, devido a imaturidade cognitiva normais, alucinações na infância são quase sempre patológicas podendo ser também secundárias a intoxicações por drogas, transtorno convulsivo, transtorno metabólico, infecção,imaturidade; estresse, ansiedade, transtorno de humor e esquizofrenia.

11- Fantasias e conflitos inferidos - Fantasias e conflitos inferidos podem ser avaliados pelo questionamento direto acerca dos sonhos, desenhos, rabisco ou drogas espontâneos da criança.

12- Afetos - deve-se  observar afetos tais como: ansiedade, depressão, apatia, culpa, raiva. O risco de suicídio pode fazer parte de uma depressão maior. Sempre que houver suspeita de ideação suicida, as fantasias suicidas, ações, presença ou ausência de comportamento suicida anterior, motivação, experiência da criança e conceito de morte, natureza da depressão, outros afetos, e situação familiar e ambiental devem ser cuidadosamente levado em conta e explorados.

13 – Organização das defesas – A organização das defesas podem ser estudadas avaliando-se a presença ou ausência de fobias, comportamento obsessivo compulsivo, comportamento de negação e formação reativa.

14 – Relações obstetras- discutir com a criança as relações da criança com a família, colegas e professores.

15 – Comportamento instintivo- deve  ser estudado o comportamento instintivo básico nas áreas sexuais e agressivas.

16 – Julgamento e Insisth – deverá para avaliar o julgamento e insisth colocar as seguintes questões: o que a criança acha que causou seu problema, o quanto parece que poderia resolvê-lo, o que ela acha que a equipe multidisciplinar poderia ajudá-la.

17 – Auto estima – a criança com baixa auto estima frequentemente faz observações tais como: não consigo fazer isso, ou não sirvo pra nada, minha vida não tem finalidade ou objetivo, etc.

18 – Capacidades adaptativas – a criança pode ser competente em muito tipos diferentes de atividades de solução de problemas.

19 – Atributos positivos – estes atributos incluem saúde física, aparência atraente, altura e peso normais, visão e audição normais, temperamento equilibrado, inteligência normal, respostas emocionais equilibradas e apropriadas e sem mudanças extremas de humor, reconhecimento de sentimentos e fantasias, bom comando da linguagem e capacidade para visualizar pensamento e sentimentos, bom desempenho acadêmico e social na escola, interesse apropriados a idade e talentos especiais.


PAULO ROBERTO SILVEIRA
Enviado por PAULO ROBERTO SILVEIRA em 10/12/2010
Alterado em 24/11/2013
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